quinta-feira, 1 de dezembro de 2011


Defumação & Incensos

defumação
Ninguém sabe quando a humanidade começou a usar as plantas aromáticas. Estamos razoavelmente seguros de que os sentidos do homem antigo eram bem mais aguçados, e o sentido do olfato foi crucial para sua sobrevivência. Há evidência do período Neolítico de que ervas aromáticas eram usadas em culinária e medicina, e que ervas e flores eram enterradas com os mortos. A fumaça ou fumigação foram provavelmente um dos usos mais antigos das plantas, como parte de oferendas rituais aos deuses. 
Era provavelmente notado que a fumaça de várias plantas aromáticas tinha, entre outros, efeitos alucinógenos, estimulantes e calmantes. Gradualmente, um conjunto de conhecimentos sobre as plantas foi acumulado e passado a centenas de gerações de xamãs.
flor de incenso0001  
- Florada de Incenso.
As plantas aromáticas têm sido honradas de um modo especial desde os tempos antigos. Eram utilizadas em rituais religiosos e mágicos, assim como nas artes curativas. Estas três práticas eram fundamentais para a existência humana (ainda hoje continuam sendo).

A antiga civilização egípcia era devotada em direcionar os sentidos em direção ao Divino. O uso das fragrâncias era muito restrito. incense-seti-thumbInicialmente, sacerdotes e sacerdotisas eram as únicas pessoas que tinham acesso a estas preciosas substâncias. As fragrâncias dos óleos eram usadas em perfumes, na medicina e para uso estético, e ainda, para a consagração nos rituais, queimados como incenso. Sobre as paredes das tumbas dos templos antigos perdidos no deserto, podemos ver com freqüência uma fumaça que sai de um pote, ou um incensário horizontal muito parecido com os atuais. Quando o Egito se fez um país forte, seus governantes importaram de terras distantes incenso, sândalo, mirra e canela. Esses tesouros aromáticos eram exigidos como tributo aosspingepovos conquistados e se trocavam inclusive por ouro. Os faraós se orgulhavam em oferecer às deusas e aos deuses enormes quantidades de madeiras aromáticas, gomas, resinas e perfumes de plantas, queimando milhares de caixas desses materiais preciosos. Muitos chegaram a gravar em pedras semelhantes façanhas.
Os materiais das plantas aromáticas eram entregues como tributos ao estado, e doados a templos especiais, onde se conservavam sobre altares como oferendas aos deuses e deusas. Todas as manhãs as estátuas eram untadas pelos sacerdotes com óleos aromáticos. Se queimava muito incenso nas cerimônias do templo, durante a coroação dos faraós e rituais religiosos. Se queimavam também em enterros, para neutralizar odores e afugentar maus espíritos.
Sem dúvida o incenso egípcio mais famoso foi o Kyphi. O Kyphi se queimava durante as cerimônias religiosas para dormir, aliviar ansiedade e iluminar os sonhos, e acreditava-se inclusive que pudesse reavivar a sexualidade dos mortos. 

Sumérios e Babilônios 

É difícil separar as práticas destas culturas distintas já que os Sumériossumeriostiveram uma grande influência dos babilônios, e transcreveram muita da literatura dos seus antepassados para o idioma sumério. Sem engano sabemos que ambos os povos usavam o incenso. Os Sumérios ofereciam bagas de junípero como incenso à deusa Inanna. Mais tarde os babilônios continuaram um ritual queimando esse suave aroma nos altares de Ishtar.
Tudo indica que o junípero foi o incenso mais utilizado, eram usadas outras plantas também. Madeira de cedro, pinho, cipreste, mirto, cálamo babiloniose outras, eram oferecidas às divindades. O incenso de mirra, que não se conhecia na época dos Sumérios foi utilizados posteriormente pelos babilônios. Heródoto assegura que na Babilônia queimaram uma tonelada de incenso. Daquela época nos tem chegado numerosos rituais mágicos. O Baru era um sacerdote babilônio esperto na arte da adivinhação.  Acendia-se incenso de madeira de cedro e acreditava-se que a direção que a fumaça levantava determinaria o futuro, se a fumaça movia-se para a direita o êxito era a resposta, se movia-se para a esquerda a resposta era o fracasso. 
Hindus e Budistas 
bdaaA Aromaterapia tem sido uma parte essencial do ritual religioso Hindu desde o tempo dos Vedas, cuja idade pode ser estimada em 5.000 a.C. O incenso favorece um estado meditativo, por isso ele também foi  incorporado pelos budistas, que são naturalmente avessos a rituais externos. É usado na iniciação de Lamas e Monges, e é oferecido aos bons espíritos nos cultos diários. 


Gregos e Romanos 

Estes povos acreditavam que as plantas aromáticas procediam dos deuses e deusas.  Queimavam o incenso como obrigação e para proteção das casas.gregos atenasEm Roma usava-se nas ruas e em especial na adoração do Imperador. O povo chegou a consumir tantos materiais aromáticos que no ano de 565 foi decretada uma lei que proibia utilizar essências aromáticas pelas pessoas, com temor de não se ter suficiente incenso para queimar nos altares das divindades. 

Nativos americanos 

indios norte americanos
Os nativos americanos vivem em harmonia com a terra, reverenciam-na como geradora de vida. Desde muito eles conhecem as propriedades de cura das plantas de poder, usadas em tendas de suor, dança do tambor etc.   Queima-se sálvia branca, cedro, pinho e resinas para limpeza de objetos de poder e rituais de adoração. É usada para a saúde e o bem-estar da tribo. Na América do sul resina aromática de copal é oferecida ainda hoje pelos descendentes Maias e Astecas para suas divindades ancestrais.

                 Judeus                              
De acordo com o Zohar, oferecer incenso é a parte mais preciosa do serviço do Templo para os olhos de Deus.judeus  muro das  lamentações
A honra de conduzir este serviço é permitida somente uma única vez na vida. Diz-se que quem teve o privilégio de oferecer o incenso está recompensado pela sorte com riqueza e prosperidade para sempre, neste mundo e no seguinte.
Católicos 
Como esquecer a historia maravilhosa dos três Reis Magos,reis_magosque presentearam com o Líbano e Mirra o Mestre Jesus, quando ele nasceu? Essas resinas aromáticas são presentes mágicos, são incensos de alta importância e fragrância. Em varias igrejas católicas, misturas de incensos contendo resinas de Líbano e Mirra são queimados durante os rituais. 
A fumaça aromática 
Incensos 
Hoje percebe-se um aumento do interesse pelos incensos naturais de antigamente, e isso se deve ao fato que querermos que nossa casa seja um lugar mais aconchegante, convidativo e mais agradável. Infelizmente incensos comerciais raramente contém resinas ou óleos essenciais, e são feitos com essências sintéticas, carvão e derivados de petróleo que, na verdade, não trazem grandes benefícios. Prefira os feitos com sândalo (sandalwood) ou serragem (sawdust powder).
Várias pessoas associam incensos com rituais religiosos ou espiritualidade; realmente varias religiões usam fumaça aromática em seus rituais e suas cerimônias. A fumaça que sai do incenso é usada para santificar, purificar ou abençoar, e acredita-se que a fumaça é o mensageiro para o reino dos céus. Nossos ancestrais faziam uso de incensos em suas casas porque pensavam que podiam protegê-los das pragas e doenças. Essa teoria possui alguma verdade: incensos feitos de ervas, incluindo tomilho e capim limão, há muito são usados por suas propriedades anti-sépticas e curativas. Estas e outras ervas eram queimadas em quartos de doentes, em hospitais, antes da descoberta dos antibióticos. Quando queimamos incensos naturais, moléculas de óleos essenciais são soltas no ar. Então elas acham seu próprio caminho, pelo sistema olfativo ou pelos poros da pele, e atuam no cérebro, onde se processam efeitos químicos que podem mudar seu ânimo, evocar boas memórias e lembranças. Essa fumaça aromática pode relaxar, estimular e aumentar nossa energia, nos levando para um momento de paz e tranqüilidade.

Umbanda 
Defumação na Umbanda 
A defumação é essencial para qualquer trabalho num terreiro de Umbanda, bem como nos ambientes domésticos. Este ritual é praticado com o objetivo de purificar o ambiente (terreiro/residência), bem como o corpo do médium e a assistência (pessoas que irão participar da gira), retirando as energias negativas e preparando o local para que a gira possa ocorrer em harmonia.

DEFUMAÇÃO DE DESCARREGO 
defumação 
Serve para afastar seres do baixo astral, e dissipar larvas astrais que impregnam qualquer ambiente, tornando-o carregado e ocasionando perturbações nas pessoas que neles se encontram. Ervas utilizadas:


ALECRIM DO CAMPO: Defesa dos males, tira inveja e olho gordo, protege de magias. alecrim do campo

ALFAZEMA:  Alfazema Acalma , limpa o ambiente
Alfazema
ARRUDA: Descarrego e defesa dos males, proteção e remove o efeito de feitiços.arruda

BELADONA: Limpeza de ambientesbelladona
BENJOIM RESINA e CANELA: Limpa o ambiente e destrói larvas astrais.
  benjoin resina                canela
 
CARDO SANTO: Defesa, quebra olho gordo 
cardo santo
CIPÓ CABOCLO: Elimina todas as larvas astrais do ambiente
cipo caboclo
FOLHA DE BAMBU: Afasta vampiros astrais
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GUINÉ: Atua como um poderoso escudo mágico contra malefícios.
guiné
INCENSO: Tanto a erva como a resina (pedra) são bons para limpeza em geral.flor de incenso0001

MIRRA: Descarrego forte, afasta maus espíritos
mirra
PALHA DE ALHO: Afasta más vibrações
alhoExistem varias outras ervas e resinas que podem ser utilizadas utilizadas na defumação.
Vamos defumar então ?
Misture as ervas juntamente com as resinas de acordo com seu gosto ou os efeitos que deseja para determinada defumação. Varra a casa ou local a ser defumado, acenda uma vela para seu anjo de guarda, depois acenda um braseiro e coloque dentro as ervas e resinas já misturadas.
O braseiro pode ser colocado dentro de um turíbuloturibulojuntamente com as ervas, se você não tiver um turibulo pode usar algum outro recipiente que resista a temperatura como por exemplo, uma panela, um pote de barro ou o que você tiver em casa …
Uma dica para quem não quer acender o carvão, é comprar uma dessas misturas prontas para defumação que são auto comburentes,Mistura para defumação copy vendidas em lojas de artigos religiosos e usar essa mistura como base, agregando-se a ela a composição das ervas e resinas escolhidas. Esses preparados (comerciais), eu  utilizo apenas como base pois a maioria deles não contem as ervas que alegam ter, então eu mesmo agrego as ervas e as resinas, fazendo assim um bom mix para se defumar sem utilizar o carvão.
Defume de dentro para fora, todos os cantos, embaixo dos móveis e  aposentos da casa, mantendo o pensamento firme de que está limpando sua casa, sua família e seu corpo.Pode-se no momento visualizar e mentalizar Luz no ambiente, como por exemplo a Luz Violeta do Sétimo Raio, visualizando essa luz preenchendo todo espaço.
Podemos também solicitar a ajuda da Hierarquia de Luz e dos Mestres, Guias ou conforme a crença de cada um. 

domingo, 27 de novembro de 2011

Mágia das árvores
CULTO A ARVORE
O culto às árvores é a primeira forma que surgiu de religião. O culto envolvia originalmente o sacrifício de seres humanos e de animais aos "espíritos das florestas" em troca de proteção contra o infortúnio. Finalmente esse costume bárbaro foi abandonado e surgiram atos mais civilizados e menos repulsivos, como o bater na madeira para afastar olho-grande, que se mantém até hoje.

DEUSES E ESPÍRITOS DAS ÁRVORES
A Arvore, símbolo fálico e sagrado para vários deuses e deusas, representa a vida e a imortalidade. Na história, existiram várias associações mitológicas entre deidades e árvores, como a de Apoio e o louro, Attis e o pinheiro, Atena e a oliveira, Osíris e o cedro, e Júpiter e o grande carvalho.
A árvore é o símbolo mais poderoso e majestoso de vegetação e teve papel importante em várias lendas da antiguidade. Acreditava-se que várias deidades, tanto do panteão grego como do romano, tinham nascido sob árvores, e, em vários mitos e fábulas, heróis incontáveis (e também deuses) eram magicamente transformados em árvores como resultado da pena ou da ira dos deuses poderosos.
As árvores têm sido encarnações e símbolos de várias deidades (Gautama Buda encarnou como espírito de árvore 43 vezes) e também serviram como residência de espíritos, ninfas e vários outros seres sobrenaturais, aos quais eram consagradas.
O génio da antiga Arábia vivia dentro de árvores e possuía poderes de mudar as formas. Na Alemanha e na Escandinávia, acreditava-se que criaturas semelhantes a duendes estranhos, conhecidas como "esposas-de-musgo" ou "mulheres-selvagens", habitavam determinadas árvores nas florestas. Na Rússia existem histórias de demónios de um olho só. Na América do Sul, fantasmas perigosos da floresta, que atraem os humanos para a morte, habitam as florestas. No folclore japonês, existem grotescos espíritos da floresta que possuem cabeça e patas de falcão, corpo de homem e um grande nariz. No antigo Egito e na Pérsia, vários deuses e deusas frequentemente habitavam ou tomavam a forma de árvores (sicômoros sagrados em particular), e, na Grécia, as três ninfas conhecidas como dríades e hamadríades tinham a vida ligada a determinada árvore, sentindo qualquer dano a algum galho ou ramo, como um ferimento, e morrendo quando a árvore murchava ou morria.
Assim como havia associações mitológicas entre os deuses e as árvores, havia também associações entre elas e as ninfas; Rea e a romã; Hélica e o salgueiro; Filira e a lima; Dafne e o laurel, entre outras.
As árvores são reverenciadas na África, e acredita-se que sejam habitadas por deuses tribais e espíritos benevolentes que dão o sol e a chuva, fazem as sementes crescerem e abençoam as mulheres com a fertilidade. Entretanto, é crença comum entre o povo Basoga da África Central que um espírito da árvore ficará enraivecido se sua moradia for cortada e trará a morte para o chefe da tribo e para toda a sua família.
Os iroqueses e outras tribos nativas americanas acreditam que cada árvore possui o seu espírito guardião ou deus guardião, sendo costume agradecer-lhe pêlos presentes que dão em forma dos frutos.
Os textos religiosos japoneses mencionam Kuku-No-Chi, um deus que habita os troncos das árvores, e Hamori, um deus que protege as folhas das árvores. Os japoneses também acreditam que cada árvore é protegida por sua própria deidade particular.

AS ARVORES NA RELIGIÃO ANTIGA
A árvore é um dos símbolos tradicionais mais essenciais, e seu culto tem sido parte importante e altamente influente na história da religião de quase todas as raças sobre a face da terra.
No culto às árvores de muitas culturas pagãs antigas, a maioria delas era tida como feminina, e sua seiva, oferecida em cálices dourados aos deuses. Acreditava-se que todas as suas partes possuíam poderes místicos, e os rebentos que nasciam sobre as sepulturas dos seres humanos ou dos animais sacrificados eram tidos como especialmente sagrados.
As árvores eram símbolo essencial da religião caidéia. Símbolos em forma de árvore foram encontrados nos templos antigos e em cilindros gravados, e há descrições de usos dos ramos tanto nas cerimónias religiosas como mágicas nos textos sagrados dos caldeus.
Na antiga Ática, durante a orgia dionisíaca (o festival do deus grego do vinho, Dionísio), as árvores eram cobertas com vestes e jóias para representar o deus. Essa prática era também comum em outros festivais gregos (e também romanos).
Árvores sagradas estilizadas, cercadas de seguidores e decoradas com guirlandas aparecem em muitas esculturas indianas dos tempos antigos. (Outro estágio de estili-zação da árvore sagrada é sua decoração com máscara ou artigo de vestuário para simbolizar a deidade; e, por fim, a escultura do seu tronco numa estátua.)
Na Grécia, quando se honrava um deus ou uma deusa, eram colocadas grinaldas feitas dos galhos da sua árvore sagrada sobre a mesma, que era, então, adorada. Penduravam-se, também, várias oferendas e presentes, trofeus de caça e armas dos conquistadores para trazer boa sorte.
Mesmo após muitos pagãos terem sido convertidos aos novos caminhos do cristianismo, as pessoas continuaram a acender velas e a oferecer pequenos sacrifícios sob árvores sagradas. (Nos tempos atuais os Bruxos ainda penduram guirlandas sobre certas árvores e dançam em torno de seus troncos.)

YGGDRASIL
O conceito de universo como árvore aparece repetidamente na mitologia e no simbolismo pagãos, sendo talvez mais bem conhecido na sua forma escandinava, onde, acredita-se, um freixo gigante sempre verde, conhecido como "Yggdrasil", é a "Arvore do Mundo", que liga o Céu ao submundo. Seu tronco sagrado passa pelo centro do mundo, e seus galhos se espalham sobre os céus e estão cheios de estrelas brilhantes. As três deusas do destino habitam suas raízes, junto com uma serpente gigantesca, semelhante a um dragão. Debaixo do Yggdrasil, os deuses teutônicos se reúnem todos os dias para julgar.

A ARVORE DA VIDA

O folclore e as mitologias de várias culturas diferentes em todo o mundo contêm uma gigantesca Árvore da Vida, que é a essência de todas as árvores e cujos frutos conferem a imortalidade quando comidos pêlos mortais.
A Árvore da Vida, na lenda nahua, era a piteira — uma planta tropical que se dizia ter sido descoberta pela deusa de 400 troncos Mayauel. (De acordo com a antiga religião asteca, o "leite" da piteira fora utilizado pelo deus de cabeça de cachorro, Xolotl, para nutrir o primeiro homem e a primeira mulher criados pêlos deuses.)
Na Cabala, a Árvore da Vida é um diagrama místico de Deus, do homem e do universo, e até na Bíblia (Génesis, capítulo II) existe menção à Árvore da Vida que crescia no Jardim do Éden junto com a Arvore do Conhecimento do Bem e do Mal, que originou o fruto proibido.
De acordo com a lenda dos chineses, indianos e sul-americanos, as almas dos mortos ascendem ao reino do paraíso pelo tronco de uma Árvore da Vida sagrada.
A macieira era a Árvore da Vida adorada pêlos antigos celtas. A chinesa era tanto o pessegueiro como a tamareira. A dos semitas era também a tamareira, e Árvore da Vida na história do "Jardim do Éden", da Babilónia, era a palmeira.
Na Índia, a Árvore da Vida sagrada (Asvatthd) era a figueira. Como o Yggdrasil, seus galhos atingiam o céu, e suas raízes desciam às profundezas do submundo.
A figueira é tida como a Árvore da Vida por muitos povos, sendo com frequência adorada como a Árvore do Conhecimento.
Os kayans do Boméu Central acreditam que se originaram dos ramos e das folhas de uma Árvore da Vida milagrosa que, no início dos tempos, caiu dos céus na terra.

BOSQUES SAGRADOS
No Antigo Testamento existem numerosas referências a bosques sagrados e a altares neles erigidos.
Na mitologia grega, um oráculo do deus Zeus estava localizado num bosque sagrado de carvalhos. Um bosque sagrado em Dodona possuía o dom da profecia, e os fogos das vestais que ardiam no bosque consagrado em Nemi consistiam de varetas e galhos de carvalho.
Uma árvore grande dentro de um bosque sagrado representava a deidade masculina dentro da Deusa, tanto como filho quanto como amante, e o ato de quebrar um dos seus galhos significava o mesmo que ameaçar o deus de castrá-lo.
Nos bosques de Diana, em Nemi, os reis sagrados combatiam os inimigos que ousavam quebrar um galho das árvores sagradas. Os sacerdotes patriarcais tendam os bosques sagrados e os consideravam perigosos e maus. Aqueles que os tentavam destruir eram punidos com uma maldição da mãe-Deusa, como aparece em vários mitos moralizantes, como o de Erisichton, que foi transformado num mendigo sujo e desgraçado pela ira da deusa Demeter.
umbigo do culpado e pendurá-lo na parte da árvore que tinha sido atingida. Esse era, então, conduzido em torno do tronco várias e várias vezes ate que o lado interno do seu corpo estivesse ferido para substituir a casca retirada.
Em várias outras partes do mundo existem leis contra o corte de árvores ou de danos causados a elas, e até o século 14 o simples ato de quebrar um galho era considerado pecado na Láturânia.

ARVORES E VAMPIROS
Na Era das Trevas, os juníparos eram utilizados como proteção contra vampiros em vários países. Acreditava-se que freixos, oervinas e sorveiras possuíam qualidades místicas e protetoras, e a madeira dessas árvores em particular era esculpida em forma de estacas e enterradas no coração dos corpos suspeitos de se transformarem em vampiros e de se levantarem das tumbas à noite em busca de sangue humano.

TRADIÇÕES SOBRE AS ÁRVORES
Desde os tempos antigos, as árvores têm desempenhado papel importante na medicina popular, no xama-nismo, na divinação, na magia e na superstição. Suas raízes, cascas, folhas, galhos, sementes e frutos curaram muitas doenças, protegeram casas, seres humanos e animais contra o mal, a má sorte e os raios, trouxeram força para bebidas e poções mágicas e afrodisíacos, e auxiliaram Bruxos e Feiticeiros no lançamento de todos os tipos de encantamentos maravilhosos da magia.

ACÁCIA
Na índia e na Patagônia, acredita-se que a acácia seja habitada por espíritos, sendo realizadas várias oferendas e sacrifícios em troca de fertilidade, cura e proteção contra o mal e o infortúnio.
A madeira da acácia é ritualisticamente queimada nos altares sagrados dos budistas e utilizada para preparar os fogos sacrificiais dos hindus.
AMIEIRO
Nos tempos antigos, o amieiro era usado nos ritos de idolatria em honra à deusa Astarte e nas práticas divina-tórias para diagnosticar doenças.
Segundo a lenda, o amieiro sangra, chora e começa a falar quando é cortado. Houve uma época em que era ilegal cortar um deles.
É usado, na medicina popular, no tratamento de queimaduras, coceiras e reumatismos.
MACIEIRA
A macieira é conhecida na Europa como ^Árvore da Imortalidade pela Sabedoria", e seu fruto tem sido assunto de inúmeros provérbios e ditos populares.
De acordo com lendas irlandesas, as macieiras (como as nogueiras, os carvalhos e as cinco árvores místicas que representam os cinco sentidos) eram produzidas pelo deus trifólio (ou trevo) Trefuilngid Tre-Eochair, que foi associado a São Patrício, e, também, eram conhecidas como a Árvore Tripla ou Chave Tripla (nome que se refere ao tridente, ao falo triplo, destinado a fertilizar a Deusa Tripla.)
Em várias partes da Europa planta-se uma macieira quando nasce um bebé e acredita-se que esse bebé crescerá ou definhará junto com a árvore. O costume de plantar uma "Árvore do Nascimento" é também comum na África Ocidental, na Papua, Nova Guiné, no sul dos Estados Unidos e em regiões do Bornéu holandês.
Na mitologia dos índios iroqueses, a macieira é a árvore central do Céu.
A madeira da macieira é transformada em varetas que são utilizadas para traçar círculos mágicos, e o seu futuro usado na magia do amor, nos encantamentos Vudu de amor, nos amuletos para fertilidade, nas divinaçoes e nos encantamentos para imortalidade.
Os clérigos da Idade Média acreditavam que as feiticeiras podiam provocar uma possessão demoníaca por intermédio'de maçãs encantadas ou envenenadas dadas as suas vítimas escolhidas.
A tradição de procurar maçãs no Halloween é remanescente da antiga divinação mágica druida do casamento, e, na Europa medieval, acreditava-se que uma mulher solteira poderia ver a imagem de seu futuro marido se descascasse uma maçã diante de um espelho iluminado por uma v.'Ia na noite do Halloween.
A maçã é mais conhecida como o fruto proibido comido por Adão e Eva, mas o fruto não foi identificado na Bíblia, e a maçã nunca mencionada em relação à história de Adão e Eva.
FREIXO
Na Irlanda, as varetas feitas de freixo eram usadas pêlos druidas nos seus rituais mágicos. Na Escócia, o freixo era usado para proteger as crianças dos feiticeiros e, na Inglaterra, como remédio popular para curar verrugas.
As crianças eram frequentemente rezadas com ramos de freixo para serem curadas de cortes e raquitismo.
Bastões de freixo eram usados para curar doenças pela magia em animais domésticos, para traçar círculos mágicos e manter longe as serpentes.
BAMBU
O bambu simboliza, na Índia, a amizade, sendo o emblema do fogo sagrado. Sua madeira é comumente usada em rituais mágicos das tribos melanésias e entre os Semang da Malaia. No Japão, é tida como sagrada e está ligada ao culto da lua e à magia lunar.
FIGUEIRA DE BENGALA
A figueira-da-índia é sagrada para os videntes e ascetas da Índia, sendo a Árvore do Conhecimento na mitologia indiana. O deus hindu Vishnu nasceu sob a sombra de uma figueira-da-índia, e acredita-se que aquele que duvidar e danificar ou cortar uma delas despertará a ira dos deuses e será punido com a morte.
LOUREIRO
O loureiro é tido como símbolo da ressurreição, sendo usado na cura, na divinação e nos sonhos mágicos. Os herbalistas da antiguidade usavam suas raízes para tratar as enfermidades do fígado, do baço e de outros órgãos, internos. Acreditavam que os frutos da árvore podiam neutralizar o veneno das criaturas peçonhentas e auxiliavam no tratamento das tosses e da tuberculose. As folhas eram tidas como altamente místicas, sendo usadas para proteger as casas dos raios e dos trovões, e para manter longe os feiticeiros e os demónios.
VIDOEIRO
Na mitologia escandinava, o vidoeiro simboliza o renascimento da Primavera.
Como uma árvore da magia, o vidoeiro é usado nos rituais de purificação e nos trabalhos com o tempo atmosférico. A vassoura dos Bruxos (de galhos) era tradicionalmente feita de vidoeiro.
É uma antiga superstição na Terra Nova que uma vassoura de vidoeiro "limpará" a família.
Uma vassoura especial feita com galhos de vidoeiro era usada na Europa medieval como açoite para exorcizar os demónios, os duendes e os fantasmas. Em certas áreas da Rússia é costume, no domingo de Petencostes, vestir um vidoeiro com roupas de mulher.
CEDRO
Na Mesopotâmia, o cedro era tido tanto como deidade quanto como oráculo.
Diz-se que para revelar os que praticam as artes negras da feitiçaria basta queimar varetas de sabugueiro no fogo da noite de Natal ou cortá-las na véspera do dia de São João.
Os frutos podem ser levados nos bolsos, como amuletos para proteger contra a inveja venenosa e também podem ser usados em torno do pescoço, como remédio mágico contra hidropisia.
As flores do sabugueiro, com seu perfume doce e acentuado, há muito são associadas à morte e aos funerais, e houve época em que se acreditava que, se um broto de sabugueiro plantado numa sepultura começasse a crescer, era sinal de que a alma de quem estivesse ali enterrado se encontrava em paz.
Antigamente penduravam-se flores de sabugueiro nas portas do estábulo para proteger os cavalos da magia negra. Guirlandas feitas com elas eram usadas pêlos druidas para decorar altares sagrados para Beltane e para afastar as influências malignas.
Os nativos americanos chamavam o sabugueiro de "árvore da música" e faziam flautas mágicas dos seus ramos. Usavam também a casca como antídoto, sob a forma de cataplasma, nas inflamações e nos inchaços dolorosos.
Todas as partes do sabugueiro têm sido usadas pela medicina popular no tratamento de numerosos distúrbios e doenças.
Os frutos de cor púrpura escura fazem um vinho delicioso, e as flores secas podem ser usadas para fazer um chá relaxante. O sabugueiro tem sido usado pêlos Bruxos como afrodisíaco e pode também ser ingrediente mágico em vários encantamentos de amor, proteçào e prosperidade.
OLMO
O olmo é uma árvore frondosa que se diz possuir poder místico para proteger contra os raios. Na Inglaterra, era associado aos duendes, e os santeros da Santería o utilizavam no lançamento de encantamentos mágicos.
Segundo a mitologia teutônica, a primeira mulher sobre a terra foi criada de um olmo pêlos deuses.
Na medicina popular é usado para tratar de inchações, tosses, doenças de pele e infecções venéreas.
FIGUEIRA
A figueira é o símbolo da paz e da plenitude. Acredita-se que sua sombra seja frequentada por espíritos; sua casca e frutos são usados tanto na magia como na medicina popular para tratar vários problemas e doenças.
Segundo os Evangelhos, a figueira era "amaldiçoada com a infertilidade" por Jesus Cristo porque se recusou a dar um fruto para ele fora da estação (Marcos 2: 13-22). O Livro do Génesis testemunha que as folhas da figueira foram usadas por Adão e Eva logo que eles adquiriram o conhecimento para cobrir a nudez.
AVELEIRA
A aveleira sempre esteve associada aos Bruxos, e o nome "aveleira-dos-bruxos" sobrevive até hoje. A árvore tem sido associada também ao deus Thor.
É conhecida como a "Árvore do Conhecimento" (especialmente nas lendas irlandesas), sendo usada nos encantamentos mágicos para a imortalidade, proteção e cura. Acreditava-se que os bastões de aveleira possuíam propriedades divinatórias, e há muito é usada pêlos rabdo mantos para localizar tesouros enterrados e água. São também tradicionalmente usados como varetas pêlos magos brancos e para proteger os animais contra encantamentos das fadas ou dos demónios maldosos. Segundo o folclore galês, os ramos de aveleira tecidos em "capas do desejo" ajudam a realização dos desejos.
LOURO
O louro é símbolo da imortalidade, da vitória e da paz. Diz-se que é capaz de dotar os profetas com a visão, e está associado à inspiração poética.
Suas folhas eram mastigadas pelas devotas da Deusa Tripla para induzir o transe poético e erótico. Eram também mascadas pelas sacerdotisas do Oráculo de Delfos para inspiração oracular.
O louro é largamente usado em todas as formas de magia do amor, do desejo e da cura.
LIMEIRA
Na Alemanha, a limeira era sagrada. Segundo lendas populares e superstições, era habitada por duendes e possuía o poder de fazer os heróis dormirem um sono encantado.
Seus fruto é usado principalmente na magia do amor, mas, em certas partes da Índia, é o ingrediente principal em várias maldições poderosas.
Na medicina popular, a lima é usada como emplastro para ferimentos e para tratar de resfriados, dores de garganta e escorbuto.
BORDO
O bordo é o símbolo da reserva. Houve época em que seus galhos eram comumente usados como bastões de adivinhação para localizar águas subterrâneas. Suas folhas são usadas pêlos japoneses nos festivais da florada. A decocçao feita com suas cascas é utilizada em várias tribos norte-americanas para provocar o vómito.
MURTA
A murta é uma árvore verdejante, simbolicamente associada ao amor e ao casamento, e sagrada para muitas deusas do amor. É também símbolo da autoridade, da imortalidade, da morte e da ressurreição.
Guirlandas de flores de murta eram usadas pêlos antigos noivos romanos no dia do seu casamento; mas era também o símbolo do amor ilegal ou incestuoso, e foi muitas vezes banida de várias cerimónias religiosas.
Na magia popular, a murta é usada nos encantamentos de amor, nos amuletos, nos afrodisíacos das paixões e nos encantamentos para atrair boa sorte.
CARVALHO
O carvalho é uma árvore com várias e antigas associações mitológicas e mágicas. Na tradição alexandrina de Wicca, o carvalho simboliza os aspectos crescentes do ano do Deus Chifrudo. Era tida como a "árvore do oráculo", pelo filósofo grego Sócrates, e como a mais sagrada das árvores, pêlos antigos druidas celtas, que acreditavam que as folhas possuíam grandes poderes sobrenaturais para curar e renovar as forças. As bolotas (o "fruto" do carvalho) eram comidas pêlos druidas na preparação para realizarprofecias.
Os antigos romanos também acreditavam nos extraordinários poderes do carvalho e, para se proteger das forças do mal, eles usavam guirlandas feitas com suas folhas sobre cabeça, como coroas protetoras.
Sacrifícios humanos eram realizados ao deus fenício Baal "sob cada carvalho frondoso" (Ezequiel 6:13), e, na Estónia, o sangue dos animais sacrificados era despejado nas suas raízes, como libação aos deuses.
O carvalho é a madeira tradicional e essencial para as achas do Natal e nas fogueiras do Solstício de Verão. Seus ramos são usados nos encantamentos wiccanianos para atrair boa sorte, e a casca da árvore é transformada em incenso para glorificar deuses e deusas para os quais o carvalho é sagrado. Na medicina popular, o chá de carvalho é usado no tratamento de oxiúros, pedras da vesícula, dentes moles e doenças venéreas.
OLIVEIRA
O oliveira é um símbolo da paz e das bênçãos divinas. Seus ramos faziam as coroas que eram usadas pêlos noivos gregos, conquistadores romanos e deuses que viviam no topam do Monte Olimpo. Ramos de oliveira eram colocados em chaminés e sobre as portas para impedir a queda de raios e para afastar feiticeiros, demónios e fantasmas.
A oliveira e seu fruto têm sido usados em encantamentos para cura, na magia do amor e nos antigos ritos de fertilidade. Seu óleo é usado para untar velas de altar, abençoar estátuas religiosas e alimentar lâmpadas sagradas de templos.
LARANJEIRA
A laranjeira é o símbolo do amor eterno, da castidade e da pureza. Suas flores eram usadas como flores de noivado, e seus frutos, pêlos praticantes de Vudu na magia do amor, e pêlos feiticeiros europeus na magia negra complacente.
PALMEIRA
A palmeira é a Árvore da Vida e local de habitação da Deusa e vários mitos antigos. É usada pêlos santeros nos rituais de fertilidade e na magia de trabalhos com o tempo atmosférico.
PESSEGUEIRO
Na China, o pessegueiro é emblema da longevidade e símbolo sagrado do ioni da Deusa. Acreditava-se que a árvore possuísse forças espirituais fortes, e as varetas mágicas feitas dos seus galhos eram usadas pêlos chineses nos encantamentos de imortalidade, nos rituais de fertilidade e nos ritos para manter os demónios e espíritos malévolos afastados O pessegueiro, no Japão, simboliza a fertilidade, e sua madeira é usada para bastões divinatórios pêlos rab-domantes.
Varetas de pessegueiro são usadas na medicina popular para tratar problemas de estômago, abdómen inchado e dores no coração. Segundo uma antiga crença, na Itália e nas regiões do sul dos Estados Unidos, as verrugas podem ser curadas, enterrando-se folhas de pessegueiro
PEREIRA
Em várias partes da Europa planta-se uma pereira quando nasce uma menina, e acredita-se que a criança crescerá ou definhará junto com a árvore
PINHEIRO
O pinheiro simboliza a vida, a longevidade e a imortalidade. A pinha é o símbolo semítico da vida.
Na mitologia japonesa, os espíritos do pinheiro são conhecidos como Jo e Ubá. Essas árvores são o símbolo da fidelidade no casamento, e existem numerosos mitos sobre amantes devotados que foram magicamente transformados em pinheiros.
Os galhos do pinheiro são utilizados em várias cerimónias dos nativos americanos, e sua fumaça é usada pêlos indianos para tratar problemas de reumatismo, tosse e resfriados.
Elas são plantadas como "Árvores do casamento" no Tirol e usadas pêlos Bruxos na Europa e nos Estados Unidos com o objetivo de proteção, cura e encantamentos, bem como para atrair o afeto de uma pessoa. O incenso de pinho é comumente usado na magia para desfazer outra, e nos ritos de purificação.
ÁLAMO
O álamo-branco é tido como a árvore do Equinócio do Outono e da antiguidade. Na Grécia pré-helênica, o álamo-preto era usado como "árvore de funeral" e consagrado à Mãe Terra.
No antigo folclore romano, os álamos eram sagrados para o herói Hércules, e, no século 17, na Inglaterra, suas folhas constituíam ingrediente importante nos "caldos-do-infemo" e nos amuletos mágicos.
SORVEIRA
A sorveira (também conhecida como freixo-das-mon-tanhas) tem várias associações mágicas e míticas. Era uma das árvores sagradas dos druidas, e acreditava-se uma proteção contra feitiçaria e espíritos do mal na Idade Média.
Os frutos da sorveira eram usados para curar os ferimentos adquiridos nas batalhas, e acreditava-se que davam ao homem um ano extra de vida. Atualmente os frutos secos são moídos e transformados em incenses mágicos que são queimados ritualisticamente para invocar a Deusa, os guias espirituais familiares dos Bruxos ou espíritos elementais.
As folhas são usadas em divinaçoes de amar e encantamentos ou em rituais destinados a ampliar a criatividade poética.
Antigamente a sorveira do Dia dos Bruxos era celebrada no antigo festival celta de Beltane (Véspera de Maio), que é, agora, um dos quatro grandes Sabás celebrados pêlos Bruxos.
SALGUEIRO
O salgueiro, em geral encontrado próximo de poços sagrados, há muito tem sido associado à Bruxaria e ao culto da Deusa. Era tido como sagrado pêlos Bruxos e poetas pagãos, pois todas as suas partes são úteis na prática da magia. A madeira dá varetas excelentes para rituais de cura e magia lunar, e pode também ser usada em talismãs quando se busca a proteçào da Deusa.
Os salgueiros, que são associados tanto à cura como à Primavera, são apropriados para decorar os altares no Candiemas, pois esse Sabá (também conhecido como Imbolc) é o festival de Brígida — a deusa pagã da cura e dos poços sagrados. Eram usados pêlos druidas como amuletos protetores, e, na Idade Média, havia a crença comum de que as famílias dos Bruxos cresciam entre os salgueiros.
No norte da Europa, o salgueiro estava tão ligado à Religião Antiga que até a palavra witch (feiticeira) tem a mesma raiz de willow (salgueiro).
Na China, o salgueiro é reverenciado como a árvore da Imortalidade, e, na Europa, é o símbolo da eloquência.
TEIXO
O teixo, como outras coníferas, é conhecido como a "Árvore da Imortalidade" em várias partes do mundo. Era comumente usado na prática da feitiçaria medieval, sendo um dos ingredientes místicos do caldeirão da Deusa-Bruxa Hécate, na peça Macbeth, de Shakespeare (ato IV, cena l)
Segundo uma antiga superstição popular, o homem ou a mulher que ousar dormir na sombra de um teixo certamente terá morte horrível ou cairá em sono encantado

CORRESPONDÊNCIAS ZODIACAIS E PLANETÁRIAS
Temos a seguir uma lista de árvores e de seus governantes planetários, bem como de influências astrológicas correspondentes, se é que existem
AMIEIRO: Vénus, Câncer (amiei^o-preto) e Peixes (amieiro
comum). AMENDOEIRA: Sol.
MACIEIRA: Vénus, Libra e Touro. DAMASQUEIRO: Vénus e Netuno. FREIXO: Sol. ÁLAMO: Mercúrio. ABACATEIRO: Vénus. BALSAMINA: Mercúrio. BANANEIRA: Lua; Escorpião. FIGUEIRA-DE-BENGALA: Júpiter. LOUREIRO: Sol; Leão. ÁRVORE-DE-CERA: Mercúrio. LOURO-DE-CERA: Ver Loureiro.
FAIA: Saturno; Sagitário.
BERGAMOTA: Vénus.
VIDOEIRO: Vénus.
ÁRVORE BO: Júpiter.
BUXO: Saturno.
FRUTA-PÃO: Vénus.
CAJUEIRO: Marte; Escorpião.
CEDRO: Mercúrio.
CEREJEIRA: Vénus; Libra.
CASTANHEIRO: Júpiter.
COQUEIRO: Vénus.
CAFEEIRO: Mercúrio e Urano.
CIPRESTE: Saturno; Capricórnio.
CORNISO: Vénus e Netuno.
SABUGUEIRO: Vénus.
OLMO: Saturno; Sagitário.
EUCALIPTO: Plutão.
FIGUEIRA: Júpiter.
ABETO: Júpiter.
ESPINHEIRO: Marte.
AVELEIRA: Mercúrio
CICUTA: Saturno; Capricórnio.
CARVALHO-SAGRADO: Ver Azevinho.
CARVALHO-DA-VÁRZEA: Ver Azevinho.
AZEVINHO: Saturno; Capricórnio.
JUNÍPERO: Sol e Marte.
COLA: Urano.
LIMEIRA: Júpiter.
MAGNÓLIA: Júpiter.
MANGUEIRA: Lua.
BORDO: Júpiter.
LENTISCO: Marte; Escorpião.
NESPEREIRA: Saturno.
FREIXO-DA-MONTANHA: Lua.
AMOREIRA: Mercúrio e Júpiter.
MIRRA: Júpiter; Aquário.
MURTA: Vénus.
NOZ-MOSCADA: Júpiter e Urano.
CARVALHO: Júpiter; Sagitário.
OLIVEIRA: Sol e Júpiter.
LARANJEIRA: Vénus e Netuno; Leão.
PALMEIRA: Sol; Escorpião.
PESSEGUEIRO: Vénus e Netuno.
PEREIRA: Vénus e Netuno.
FIGUEIRA-DOS-PAGODES: Júpiter.
PINHEIRO: Saturno.
PIPAL: Ver Figueira-dos-pagodes.
PLÁTANO: Vénus e Júpiter.
AMEIXEIRA: Vénus.
ROMÃZEIRA: Vénus, Mercúrio e Urano.
CHOUPO: Saturno.
MARMELEIRO: Saturno.
SORVEIRA-BRAVA: Lua.
SORVEIRA: Saturno.
ESTORAQUE: Sol.
SUMAGRE: Júpiter.
SICÔMORO: Vénus e Júpiter.
TAMARINEIRO: Saturno.
NOGUEIRA: Sol.
SALGUEIRO: Lua.
TEIXO: Saturno; Capricórnio.

ÁRVORES DAS DEIDADES PAGÃS, DAS NINFAS E DOS HERÓIS
Temos a seguir uma lista de árvores que são sagradas para as deidades pagas, para as ninfas e para os heróis.
AMIEIRO: Bran. AMENDOEIRA: Artemis, Attis, Chandra, Hécate, Júpiter,
Fillis e Zeus. MACIEIRA: Afrodite, Flora, Hércules, as Hespérides, Frey,
Idhumm, Pomona e todas as Deusas do Amor. DAMASQUEIRO: Vénus.
FREIXO: Akka, Marte, Odin, Poseidon e Rauni. ÁLAMO: Gaia (Mãe Terra), os Maruts, Nunu e Zeus. ABACATEIRO: Flora e Pomona. BANANEIRA: Kanaloa.
FIGUEIRA-DE-BENGALA: Hina, Shu, Shiva, Vishnu e Zeus. LOURO: Apoio, Adónis, Buda, Ra, Artemis, Gaia (Mãe
Terra), Marte, Hélios, Esculápio e Dafae. FAIA: Baco, Diana, Dionísio e Hércules. VIDOEIRO: Thor, Kupala e a Senhora das Florestas. ÁRVORE BO: Buda.
FRUTA-PÃO: Pukuha Kana e Opinéia. CEDRO: Artemis, Ea e Wotan.
CEREJEIRA: Flora, Pomona e Maya, a Virgem mãe de Buda. COQUEIRO: Ganimede e Tamaa. CIPRESTE: Ahura Mazda, Apoio, Artemis, Astarte, Beroth,
Cupido, Dis, o Destino, as Fúrias, Hades, Hércules,
Jove, Melcarth, Mitra, Ohrmazd, Plutão, Saturno e
Zoroastro.
CORNISO: Apoio, Consus e Marte. SABUGUEIRO: as Dríades, Elle, Freya, Holda, Hylder-
Moer, Vénus e todas as figuras de Deusas-Mãe. OLMO: os Devas, Embla, Ut e Vertumnus. FICUS: Rômulo e Remo. FIGUEIRA: Baco, Brahma, Dionísio, Flora, Jesus Cristo,
Juno Caprotina, Marte, Maomé, Plutão, Pomona,
Zeus e a Grande Mãe indo-iraniana. ESPINHEIRO: Baco, Dionísio, Tapio, Biblos, Atena, Pa, Cibele, Artemis, Diana e outras Deusas lunares. AVELEIRA: Thor e Chandra. AZEVINHO: Fauno. MANGUEIRA: Pattini.
BORDO: Nanabozho.
AMOREIRA: Flora, Minerva, Pomona, e San Ku Fu Jen.
MIRRA: Adónis, Afrodite, Cibele, Demeter, Hécate, Juno, Mara, Mirra, Ra, Rea e Saturno.
MURTA: Alcina, Afrodite, Artemis, Astarte, Dionísio, Ha-thor, Mirsine, Mirtelio e Vénus.
CARVALHO: Alá, Ares, Balder, Blodeuwedd, Brahma, Ceres, Dagda, Demeter, Diana, Dianus, as Dríades, Hades, Har Hou, Hera, Hércules, Hórus, Janicot, Jeová, Jumala, Júpiter, Kashiwa-No-Kami, Marte, Odin, Perkunas, Perun, Plutão, Taara, Thor, Zeus e todos os Deuses do Trovão.
OLIVEIRA: Amon-Ra, Apoio, Aristeus, Atena, Brahma, Flora, Ganimede, Indra, Júpiter, Minerva, Pomona, Po-seidon, Wotan, Zeus e todos os Deuses solares.
LARANJEIRA: Hera e Zeus.
PALMEIRA: Afrodite, Apoio, Astarte, Baal-Peor, Chango, Hanuman, Hermes, Mercúrio e Sarasvati.
PESSEGUEIRO: Flora, Pomona, Shou-Hsing e Wang Mu.
PEREIRA: Flora, Hera e Pomona.
PINHEIRO: Atti, Cibele, Dionísio, Pa, Poseidon, Rea, Shou-Hsing e Silvano.
PLÁTANO: Helena.
AMEIXEIRA: Flora e Pomona.
ROMÃZEIRA: Du'uzu, Hera, Kubaba, Mercúrio, Perséfone, Saturno e Urano.
CHOUPO: Brahma, Dis, as Helíades, Hércules, Perséfone, Faeton, Plutão e Zeus.
MARMELEIRO: Afrodite e Vénus.
SORVEIRA-BRAVA: todas as Deusas lunares.
ESTORAQUE: Loki, Mercúrio e Thoth.
SICÔMORO: todos os Deuses e Deusas egípcios.
TAMAREIRA: Apoio.
NOGUEIRA: Dionísio.
SALGUEIRO: Artemis, Beli, Brígida, Circe, Hécate, Hélice, Hera, Hermes, Orfeu, Osíris, Perséfone e todos os aspectos de morte da Deusa Tripla da Lua.
TEIXO: Hécate e Saturno.

ENCANTAMENTO DO CARVALHO PARA A BOA SAÚDE
Para ter boa saúde durante todo o ano, segundo um antigo costume galês, esfregue em silêncio a palma de sua mão esquerda num tronco de carvalho, no dia de São João.

DIVINAÇÃO DO AMOR COM AS BOLOTAS DA CARVALHO
Coloque duas bolotas num balde cheio com água fresca de chuva. Se flutuarem um contra o outro e se tocarem, indicam amor verdadeiro e casamento; se se afastarem, não haverá casamento num futuro próximo.

ENCANTAMENTO COM MURTA PARA AMOR E PAZ
Para trazer amor e paz à sua casa, plante uma murta em cada lado da porta de entrada quando a lua estiver no signo de Touro ou de Libra.

BÊNÇÃO PARA CASA
Para abençoar uma casa e exorcizar todas as energias negativas, pendure um galho de louro-de-cera, queime Bores de sabugueiro ou incenso de pinho, ou coloque folhas ie sorveira em cada cómodo numa noite de lua cheia.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

PREPARAÇÃO PARA A MAGIA
Tenha certeza de que está completamente sozinho na casa e que ninguém virá lhe fazer uma visita.
Desligue todos os dispositivos de aquecimento e resfriamento. Tire o telefone do gancho. Feche todas as cortinas ou persianas. Tran-que todas as portas e janelas para que esteja perfeitamente seguro e livre do medo de ser descoberto. Se não puder ficar sozinho em casa, certifique-se de que ninguém vai lhe incomodar por algumas horas. Seja inflexível quanto a isso, pois é a melhor forma de se realizar magia sem interrupções.
Não é aconselhável ter amigos presentes enquanto realiza o trabalho de magia, uma vez que eles são mais freqüentemente inibidores do que ma fonte de poder adicional. A magia é melhor realizada sozinha a não ser que você e um amigo estejam estudando juntos e tenham descoberto que podem conciliar seus poderes eficazmente.
O chão do quarto mágico deve ser recentemente varrido e lavado ou limpo com aspirador de pó. Se houve ruma lareira perto ou no local acenda o fogo, preferivelmente com carvalho, pinheiro, azevinho, no-gueira, junípero, cedro, álamo, maçã ou madeiras de freixo.
Amarre um pedaço quadrado de gaze mais ou menos de 16x16cm com meio punhado da seguinte mistura: partes iguais de verbena, hortelã de jardim, manjericão, tomilho, funcho, lavanda, alecrim, hissopo e valeriana. Esta mistura para banho de purificação deve ser composta junta e com antecedência e os sachês convenientemente preparados antes. Guarde-os em um vidro hermeticamente fechado até que seja neces-sário utilizar.
Acenda uma vela branca e leve-a com o sachê para o banheiro. Encha a banheira com um quarto de água bastante morna. Coloque o sachê na água e em seguida entre na água e coloque a vela em um supor-te de cristal. Relaxe no banho por alguns minutos, espremendo o sachê para que as ervas liberem suas es-sências e óleos na água. Para propósitos de purificações adicionais também salpique um pouco de sal na água.
(Observação: uma vez que a valeriana tem um odor peculiarmente forte, geralmente adiciono um pouco mais de lavanda e um pouco menos da valeriana moída na mistura. Isto concede uma fragrância mais agradável).
Relaxe no banho. Sinta as tensões do dia a dia se dissipando para longe. Se desejar, use um sabo-nete natural para limpar-se fisicamente enquanto o sachê o limpa psiquicamente. Quando terminar, seque-se rapidamente com uma toalha lisa. Unja a si mesmo com seu perfume ou colônia preferida (ou um óleo mágico: veja o Capítulo Seis), tocando as solas dos pés, pulsos e a testa. Vista um robe, roupas normais, ou caminhe nu, segurando a vela diante de si, em seu quarto (ambiente) mágico.
(Se não tiver uma banheira, ferva dois quartos de água, apague o fogo e adicione o sachê. Cubra e deixe descansar por volta de uma hora. Depois, tome um banho de chuveiro e depois de usualmente ensa-boar-se e enxaguar-se, despeje a infusão em seu corpo. Isto funciona muito bem. Não há nada como um banho mágico de qualquer modo!)
Acenda o bloco de carvão com a vela e observe ele faiscar e criar vida. Em seguida acendas as de-mais velas, primeiro da direita e depois da esquerda. Silenciosamente apague sua vela de purificação do banho e coloque-a de lado em um lugar seguro para ser usada em todos os rituais. Coloque um pouco de incenso no carvão e estará pronto para começar a realizar sua magia.
O uso de roupas mágicas é parcialmente psicológico, parcialmente mágico. Quando colocar um traje reservado para ocasiões especiais este traje fica imbuído com o espírito do momento. Do mesmo modo, um robe que é utilizado cada vez que uma pessoa realizar magia se tornará imbuído com a energia mágica, as-sim fortalecendo sua própria energia cada vez que vesti-lo. Herbalistas mágicos preferem robes verdes.
A nudez ritual é normalmente usada em magia como símbolo da pureza, honestidade e imortalidade. É uma excelente maneira de entrar em contato com as forças primárias da natureza, a qual, de qualquer modo, não nos trouxe a este mundo usando roupas. Na verdade muitos dos rituais antigos envolvendo ferti-lidade e amor afirmam especificamente que o celebrante deve estar nu.
Se não houver um robe disponível e a nudez for indesejável, use roupas limpas, preferivelmente nos ricos tons da terra como os marrons e verdes.
Escolha o método que pareça mais confortável para você, pois isto é o que é de forma suprema, o mais importante.
Scott Cunningham (Magical Herbalism – LlewellynPublications)

Encatamento com ervas

Encantamento para as Ervas
Percorra a erva com os dedos. Ainda visualizando forte-mente sua necessidade envie-a para a erva. Sinta a ponta dos dedos carregando as ervas com energia. Se tiver problema em manter a imagem em sua mente cante palavras simples que se encaixem com sua necessidade, como estas:
Milefólio, milefólio, faça com que o amor cresça.
Cante isto continuamente com seu fôlego. Conforme per-correr a erva com seus dedos sinta que eles infundem a planta com a sua necessidade.
Quando a erva estiver tomada com poder (ou quando sen-tir que o encantamento está completo) remova sua mão. A planta foi encantada.
Se houver outras plantas a serem usadas na mistura, adicione uma de cada vez, encantan-do novamente a mistura em cada adição.
Se desejar encantar ervas que serão usadas separadamente, remova a erva encantada da tigela e limpe-a com uma toalha ou pano seco. Recoloque as velas com as cores adequadas para a nova erva e repita o procedimento.
Quando fizer incensos, infusões, sachês, bonecos, etc., transforme as ervas em pó ou moa (se necessário) antes de encantá-las.
Se raízes ou galhos tiverem que ser encantados, simplesmente segure-os em sua mão de poder, visualizando ou cantando, ou coloque-os sobre uma tigela entre as velas.
Antigamente “encantar” significava cantar ou entoar. Uma vez que tenha entoado sua can-ção de necessidade para a erva, ela estará pronta para ser usada.
Claro que a encantação não é absolutamente necessária, mas é um método de se obter re-sultados melhores. O herbalista sábio nunca irá omitir as encantações.
PROCEDIMENTOS MÁGICOS
Esta seção vai detalhar os métodos atuais de trabalho com as ervas. Onde o texto lhe dire-cionar para “carregar o alecrim”, por exemplo, ele deve ser usado em forma de sachê. Estes pro-cedimentos não são necessários em toda ocorrência.
Sachês
As ervas que serão carregadas ou colocadas na casa (sobre as portas, janelas, etc.) devem ser feitas em formato de sachês. Um sachê é um saquinho ou pedaço de tecido no qual as ervas são colocadas. Na magia Vodu normalmente ele é chamado de “saquinho de feitiços” ou “saquinho herbal”. Eles são muitíssimo fáceis de confeccionar.
Peque uma pequena quantidade de material (tecido em formas de quadrado, círculo, triangulo, etc.) de cores apropriadas. O feltro funcio-na bem e é relativamente barato.
Coloque as ervas encantadas (normalmente não mais que uma colher de sopa ou mais, ou menos) no centro do material. Junte as pontas e amarre com um pedaço d elinha da cor adequa-da. Conforme for dando as laçadas na linha ou barbante, visualize a sua necessidade. Na (realidade, faça isso durante todo o processo). Faça mais dois nós e o sachê estará pronto. Os menores sachês são os melhores para carregar no bolso. Sachês para a casa devem ser feitos em formato maior uma vez que não serão carregados consigo.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Deusa Aine

 
Dia 15 de junho é dia de Aine de Knockaine.
Aine era uma deusa fada celta que ajudava os viajantes perdidos.
Quando se sentir perdido sobe alguma questão, bata em uma árvore 3 vezes com um ramalhete de flores brancas chamando por Aine e ela logo lhe mostrará o caminho certo.
Aine é uma deusa primária da Irlanda, soberana da terra e do sol, associada ao Sostício de Verão, que sobreviveu na forma de uma Fada Rainha. Seu nome significa: prazer, alegria, esplendor. Ela é irmã gêmea de Grian, a Rainha dos Elfos e era também considerada um dos aspectos da Deusa Mãe dos celtas Ana, Anu, Danu ou Don. Juntas Grian e Aine, alternavam-se como Deusas do Sol Crescente e Minguante da Roda do Ano, trocando de lugar a cada solstício. Os pagãos acreditam que na entrada do Solstício de Verão, todos os Povos pequenos vêm a Terra em grande quantidade, pois é um período de equilíbrio entre Luz e Trevas. Se estiver em paz com eles, acredita-se que, ao ficar de pé no centro de um anel-das-fadas é possível vê-los.É um período excelente para fazer amizade com as fadas e outros seres do gênero. Rainha dos reinos encantados e mulher do Lado, ela é a Deusa do amor, da fertilidade e do desejo. É filha de Dannann, e esposa e algumas vezes filha de Manannan Mac Liir, e mãe de Earl Gerald. Como feiticeira poderosa, seus símbolos mágicos são "A égua vermelha", plantações férteis, o gado e o ganso selvagem. Existem duas colinas, perto de Lough Gur, consagradas à Deusa, onde ainda hoje ocorrem ritos em honra a fada Aine. Uma colina, a três milhas a sudoeste, é chamada Knockaine, em homenagem a esta deusa. Essa colina possui uma pedra que dá inspiração poética a seus devotos meritórios e a loucura à aqueles que são por Ela rejeitados.
Segundo uma, entre tantas lendas, conta-se que estava Aine sentada nas margens do rio Camog, em Lough Gur, penteando seus longos cabelos loiros, quando Gerold, o Conde de Desmond, a viu e sentindo-se fortemente atraído por ela, roubou-lhe o manto. Só o devolveu quando ela concordou em casar-se com ele. Desta união nasceu Earl Gerald, "O Mago". Após o nascimento do menino, impuseram ao Conde Desmond, um tabu que lhe negava expressar surpresa a qualquer coisa que o filho fizesse. Entretanto ele quebrou tal tabu, exclamando alto quando viu o filho entrando e saindo de um frasco. Gerald imediatamente transformou-se em um ganso selvagem e voou alto pelo rio Lough, em direção à ilha Garrod, encontrando repouso em seu castelo encantado. Raivosa com seu marido, pois ele tinha desrespeitado as regras estabelecidas, Aine dirigiu-se para colina de Knockaine, transformando-se em um cisne. Dizem que é lá que ainda reside em seu Castelo de Fadas. Já Gerald, vive abaixo das águas de um lago e acredita-se que um dia voltará para expulsar estrangeiros mal feitores da Irlanda.Outros dizem que de sete em sete anos ele emerge das águas como um fantasma montado em um cavalo branco. Há lendas que contam que Aine tinha o poder de se transformar tanto em um cisne branco quanto em uma égua vermelha de nome Lair Derg, e que ninguém conseguia alcançá-la. Se acreditava também, que na noite do Solstício de Verão, moças virgens, que pernoitassem na colina de Knocknaine, poderiam ver a Rainha das Fadas com toda a sua comitiva. O mundo das fadas só se tornava visível pelos portais mágicos, chamados anéis de fada, que eram indicados pela própria Aine. Uma outra lenda faz referência a Aine como sendo uma mortal que foi transformada em fada. Três dias no ano são dedicados à ela. Seria a primeira sexta-feira, sábado e domingo após o dia de Lammas. É neste dias que ela reivindicaria seu retorno como mortal. Nós podemos ver em Aine o aspecto triplo da Deusa. Como Deusa Donzela, apresenta a habilidade de recompensar seus devotos com o presente da inspiração poética. Como Deusa Mãe, está associada aos lagos e poços sagrados, cujos mananciais possuem poderes curativos. O simbolismo relacionado com a Deusa Mãe foi esquecido quase por completo, desde que começaram a ser realizados os ritos cristãos nas igrejas, mas o ato de invocação da vida nunca enfraqueceu. Já como Deusa Obscura, Aine aparecia para os homens mortais como uma mulher sábia de rara beleza, qualificada como "sidhe leannan", ou seja, uma amante-fada fatal. Sidh para os irlandeses, representa o estado intermediário entre um mundo e o seguinte. Os habitantes de Sidh são todos sobrenaturais e eram dificilmente visíveis, devido às impurezas do mundo.Dizia-se que estes seres podiam ser de dois tipos: os altos e brilhantes e com os braços iluminados a partir do interior. Com o advento do cristianismo, estes seres se degradaram em todos os sentidos, tornando-se fadas, duendes e representações malignas do folclore, que viviam num estado intermediário. Contudo, seu fundamento psicológico nunca se perdeu e os terrores dos contos de fadas e fantasmas conservam os restos do culto religioso. Acredita-se que a amante-fada fatal ainda hoje é encontrada e quando escolhe um homem mortal, este está fadado à morte certa, pois esta é a única maneira viável para que os dois possam ficar juntos e concretizar este grande amor. Texto retirado do site: www.rosanevolpatto.trd.br
Invocação a Aine
Aine, Grande Deusa da Irlanda
Deusa da Lua, do amor e encorajadora da paixão no coração dos homens
Invoco o seu poder
Venha até a mim
Rainha das Fadas de Munster
Você que governa a agricultura, a fertilidade, as colheitas e os animais
Sol dourado que se transforma em Lair Derg, a égua vermelha que ninguém pode domar
Me ensine seus mistérios, compartilhe comigo sua sabedoria
Aine Marine
Aine de Knockaine
Que possui o anel mágico que revela o mundo das Fadas
Mãe de Geroid Iarla, Earl Fitzgerald, o Mago que vive no interior de Lough Gur
Esperando o tempo certo para expulsar todos os homens maus da Irlanda
Ensine-me a caminhar com sabedoria,
como filho da Terra, respirando todas as coisas viventes
Oh, Bean Righean na Brugh, Fada Rainha do Castelo
Você que se aproxima com o verão
Jamais deixe de iluminar minha vida
e mostrar os caminhos certos que devo seguir
Você que é a Donzela, presenteando seus filhos com o dom da poesia
Você que é a Mãe, mostrando sua face curadora nos lagos e fontes
Você que é a Anciã, Leannan Sidhe, que aparece aos mortais com sua grande beleza para levá-los ao Outro Mundo.
Venha a mim, irmã de Grian e Aoife
Filha de Manannan
Neta de Lir
Você que foi criada por Eoghnach
E reina sobre Limerick
Rainha de Tobar Áine
Governante de Dun Áine e Lios Áine
Eu a Invoco
Abençoada Seja.
Aine "Uma das grandes Deusas da Irlanda que sobreviveu na forma de Fada. Ela é considerada filha de Eogabail, um rei de Tuata de Dannan, que teria sido o filho adotivo de Manannan. Aine é a brilhante Deusa Fada, a quem as montanhas de Knock Aine, às margens do rio Lough Gur, são dedicadas. Ela é uma Deusa do amor, a que encoraja o amor humano.
Também é reconhecida como uma Deusa Lunar e padroeira dos pastos e gados.
É considerada a que produz o doce aroma dos prados.
Seu nome deriva da raiz Adeh, que significa “fogo”. Governa a agricultura, a fertilidade, a colheita e os animais de forma geral.
Muitos pesquisadores se referem a ela como a “brilhante”, o que indica que foi originalmente uma Deusa solar. Aine deve ser invocada em ritos de amor, fertilidade, magia com fadas, abundância, prosperidade, separação de relações amorosas dolorosas e na gravidez.
Ela amplia nossa visão e pode facilitar o contato com o mundo das Fadas.
É uma Deusa versada nas Artes da Magia e Encantamentos, por isso peça-lhe que o auxilie a potencializar seus poderes mágicos e extra-sensoriais.Correspondências: Invoque Aine para o amor, inspiração, divórcio, contato com o reino elemental. Aumentar os poderes mágicos e extra-sensoriais, cura. Símbolos: bastão, sinos, flores, trevo de três folhas, fitas multicoloridas e harpa. Dia: sexta-feira Cor: rosa-claro, branca e azul –celeste Aroma: madressilva Ponto cardeal: Leste

sábado, 5 de novembro de 2011

Magia da Abóbora

Abóbora No conto de Perrault, Cinderela, a fada madrinha diz à moça: "Vá ao jardim e traga-me uma abóbora." Cinderela foi imediatamente colher a mais bela que encontrou e a trouxe à sua madrinha, não podendo adivinhar como essa abóbora poderia levá-la ao baile. Sua madrinha a cavou e só tendo deixado a casca bateu nela com sua varinha e a abóbora logo se transformou numa bela carruagem dourada.
Nos Estados Unidos, no Halloween, esvaziam-se também as abóboras, mas para fazer com elas enormes cabeças vermelhas, com olhos e uma boca enfeitada de dentes pontudos, dentro das quais coloca-se uma vela. As crianças, fantasiando-se de esqueleto, com os ossos pintados de branco sobre uma roupa preta, escondem seus rostos numa abóbora esvaziada. Essas figuras grotescas não são nada menos do que fantasmas, porém exorcizados, pois Halloween que vem de hallow, "consagrar, santificar", se festeja na véspera do dia de Finados, a festa dos mortos; outrora acreditavam que eles voltavam à terra nessa data. Ora, a volta dos defuntos, que repousam sob a terra com as sementes que mais tarde germinarão, anuncia, na entrada do inverno, a promessa do renascimento primaveril. Por isso, outrora na Bretanha as abóboras guardavam uma relação com a Ressurreição; dizia-se que os grãos que eram semeados na sexta-feira santa davam pés de abóbora grandes como carvalhos. Se a abóbora é o símbolo da abundância e prosperidade, não é apenas porque ela é o maior dos frutos da terra mas porque ela está cheia de inúmeras sementes, embriões de uma vasta descendência. Esta é a razão pela qual a consideravam, na China, como o primeiro dos legumes, o imperador dos vegetais. Os tai do norte do Laos chegavam a ver nas abóboras, presas pelo talo que formava o eixo do mundo, o lugar de suas origens. Esses frutos continham todas as raças

humanas, todas as variedades de arroz e o texto de todas as ciências secretas. Fonte de vida, a abóbora era por isso o símbolo da regeneração e para os taoístas suas sementes eram o alimento da imortalidade. Elas deviam ser consumidas na primavera, quando predomina o yang. Que esse simbolismo seja universal prova o que, em seu De orbe novo (1527), já contava Pierre Martyr sobre as crenças de certos índios da América, que viam na abóbora o ovo cósmico de onde teria saído o mundo. O mais curioso é que não se conhece com certeza a pátria das cucurbitáceas. Segundo as hipóteses mais recentes, elas teriam sido cultivadas há muito tempo na América: a abóbora-menina (Cucurbita maxima) seria originária do Brasil, a abóbora-moranga (Cucurbita pepo) do México; quanto ao cabaceiro-amargoso (Lagenaria leucantha), foi por vezes encontrado em grande quantidade, nos túmulos peruanos pré-colombianos. Porém não se sabe como nem quando as cucurbitáceas chegaram à Europa e muito menos de que maneira o cabaceiro foi cultivado na China antes do século I a.C. Seriam de se supor relações antiquíssimas entre o Extremo Oriente e o Novo Mundo.

domingo, 16 de outubro de 2011

Para o povo celta a árvore articulava toda a idéia do Cosmos ao viver em contínua regeneração. Nas árvores os druidas contemplavam o símbolo da verticalidade, da vida em completa evolução, em uma ascensão permanente até o céu.
A árvore lhes permitia estabelecer uma comunicação entre os três níveis do Cosmos: o subterrâneo, por suas raízes que não deixavam de sugar nas profundidades para saciar a contínua necessidade de encontrar água; as alturas, através da copa e dos ramos superiores, sempre reunidos na totalidade dos elementos, a água que flui em seu interior, a terra que se integra em seu corpo pelas raízes, o ar que alimenta as folhas e o fogo que surge de sua friccção. Os celtas conseguiam o fogo friccionando uns ramos, entre os quais haviam introduzido erva seca ou palha.
As árvores lhe proporcionavam o lar, a lenha, sombra e alojamento para os pássaros que lhes serviam de caça. Eles viam nas árvores, não só a essência da vida, mas também um recurso para prever o futuro, elas integravam um calendário, tinham um alfabeto rúnico à elas relacionado e um horóscopo. 


Os celtas acreditavam que cada homem ou mulher levava em seu interior uma árvore, pela qual alimentava o desejo de crescer da melhor maneira.
Para eles as árvores ensinavam a manter a vista elevada, permanecer bem apoiado ao solo e ter em conta que a natureza é tão inteligente que ao tempo de caída das folhas se segue o da neve, a qual proporciona a aparição dos melhores brotos, chega então a época da fertilidade e do renascimento da vida.
Todas as árvores eram sagradas e detentoras de poderes mágicos para o povo celta, mas sete delas eram consideradas especiais, verdadeiras deidades, eram elas:

A Macieira
O Azevinho
A Bétula
O Carvalho
O Amieiro
A Aveleira
O Salgueiro
Os Celtas eram um povo mágico, sempre comungaram com a Mãe divina, e sempre estiveram em contato com suas deidades. A herança que nos deixaram, carregaremos para sempre em nossos corações.

Poema e a magia dos Celtas

Nove madeiras no caldeirão vão, queime-os rapidamente e queime-os lentamente.  
Vidoeiro no fogo vai, para representar que a Senhora tudo sabe
 
Carvalho à floresta poder, no fogo traz a visão e de Deus compreensão.  
Sorveira é a árvore do poder, dando vida e magia à flor.  
Salgueiros na orla descansam, para ajudar na jornada ao País do Verão. 
Pilriteiro é queimado para purificar e trazer fadas ante seus olhos.  
Aveleira, a árvore da sabedoria e da aprendizagem, aumenta sua resistência com ao brilhar e queimar do fogo. 
Branca são as flores da macieira, que nos traz os frutos da fertilidade.  
Pinheiro é a marca do sempre-verde, para representar a imortalidade invisível.  
Sabugueiro é a árvore da Senhora, não o queime, ou será amaldiçoado.
Os Celtas
A natureza era a companhia do homem primitivo. Ela fornecia abrigo e alimento e, em retorno, a humanidade a reverenciava. As religiões primitivas louvavam as pedras e montanhas, os campos e florestas, os rios e oceanos.
A Voz da Floresta é uma ponte mítica entre o mundo dos deuses e o dos homens, entrelaçado com a veneração que os Celtas tinham pelas árvores.
Como uma representação do universo, as raízes das árvores habitam o solo, o conhecimento profundo da Terra. E o tronco une as raízes ao céu, trazendo este conhecimento à luz.
A Cultura Hallstatt foi a primeira das várias culturas existentes na Idade do Bronze. As regiões ocidentais desta cultura entre a França e a Alemanha do Este, já falavam a língua Celta. Por volta do ano 600 a.C., o grafólogo Grego Herodotus escreve sobre os Celtas colocando-os para além dos “Pilares de Hércules” (isto é, Espanha) e acima do Danúbio. O nome "Celta" surgiu da tribo dominante dos Halstatt, e tornou-se um conceito unificador para toda a cultura.
Segundo historiadores, a terra de origem dos Celtas era uma região da Áustria, perto do sul da Alemanha. Dali, os Celtas expandiram-se pela maior parte da Europa Continental e Britania. Na sua expansão os Celtas abrangeram áreas que vão desde a Espanha à Turquia.
Tomando posse de quase toda a Europa, os Celtas dividiram esse continente em três partes: a Central (teuts-land, q.s. terra de teut), a Ocidental (hôl-lan ou ghôl-lan, q.s. terra baixa) e a Oriental (pôl-land, q.s. terra alta); tudo o que estava a Norte dessas regiões denominavam de dâhn-mark (q.s. o limite das almas), que ía do Rio Don às Colunas de Hércules; aquele Don que os antigos franceses chamavam de Tanais e que era baliza para a ross-land (q.s. terra do cavalo = rússia).
Ainda em relação a este assunto, que obviamente liga os povos célticos, está a palavra ask, de onde a denominação geral asktan dada a vários povos (os mais interessados no assunto devem procurar a velha Gramática da Língua D'Oc); ora, entendia-se por Trasks os Asks orientais, por Tosks os Asks meridionais e por Vasks os Asks ocidentais - daí, toscanos, estruscos, vascos...
Os Celtas dominaram a Europa Central e Ocidental por milhares de anos. Mas só mais recentemente os Celtas influenciaram a Europa no seu desenvolvimento, a nível cultural, lingüístico e artístico. Os Celtas com grupo e raça, há muito que desapareceram, exceto na Irlanda e nas Terras Altas da Escócia.
Desde o domínio romano, instigado pelo catolicismo, as culturas druídica e celta foram alvos de severa e injusta repressão, que fez com que fossem apagados quaisquer tipos de informação a respeito delas embora que na historia de Roma conste que Júlio César reconhecia a coragem que os druidas e celtas tinham em enfrentar a morte em defesa de seus princípios.
A bravura dos Celtas em batalha é lendária. Eles desprezavam com freqüência as armaduras de batalha, indo para o combate de corpo nu. Os homens e as mulheres na sociedade Celta eram iguais; a igualdade de cargos e desempenhos eram considerados iguais em termos de sexos. As mulheres tinham uma condição social igual á dos homens sendo muitas vezes excelentes guerreiras, mercadoras e governantes.
Os Celtas transmitiram a sua cultura oralmente, nunca escrevendo a sua história ou os seus fatos. Isto explica a extrema falta de conhecimento quanto aos seus contatos com as civilizações clássicas de Grécia e Roma. Os Celtas eram na generalidade bem instruídos, particularmente no que diz respeito á religião, filosofia, geografia e astronomia.
Relativamente ao nome BRASIL...Este não se encontra nas línguas nativas, mas há vestígios da passagem dos fenícios pelas costas equatoriais e, também, pelas do Brasil. Na antiga Língua céltica "braazi" queria dizer "terra grande" segundo escritos do estudioso Sérgio Trombelli...
Por outro lado, sabemos que uma Insulla Brazil já existia em antigos mapas bem antes da viagem cabralina - mapas como os de Bartolomeu de Pareto (1455) e de Pero Vaz de Bisagudo (segundo Carta enviada pelo Mestre João a el-rei D. Manuel logo após o "descobrimento" oficial a tal Insulla Brazil...
É possível que, em breve, os modernos instrumentos da Arqueologia possam, também, trazer até nós outros vestígios.
E que influência tiveram os Celtas na Literatura européia que tanta força emprestou ao pré-Cristianismo? As literaturas no gaélico, no galês ou no bretão, exerceram influência através da Poesia Pastorial e dos Romances de Cavalaria (a saga do Rei Arthur e a busca do Santo Graal), das Ciências Herméticas ou Ocultas, da Adivinhação e da Cultura Rúnica, até a formação ideológica das elites em Ordens de Cavalaria e Confrarias (do tipo Rosacruzes e Maçonaria).
Chamo a atenção para o fato de vários estudiosos que põem o kardecismo (de Kardec, antigo poeta esotérico celta) como um sistema filosófico-espiritual do eixo telúrico-cósmico desenvolvido na essência mística dos Celtas; aliás, Kardec (Allan Kardec) é pseudônimo do estudioso francês Léon Rivail (1804-1869) que continuou a doutrina céltica no que à transmigração das almas e dos Espíritos diz respeito.
E, antes dele, já os essênios, os nazarenos e outras seitas judeo-palestinas o haviam feito. Importante ainda é o fato de se poder ligar o desenvolvimento da Música e da Poesia aos cultos da Voluspa: mesmo rudimentar, o Oráculo passou a ser lido/interpretado em voz ritmada e em versos rimados. Foi grande a importância dessa Civilização antiga na formação do ser-português, na Língua Lusa que a saga marítima de 1500 levou ao mundo, legou a africanos e criou o tupi-afro-brasileiro, mesmo que à custa da destruição dos nativos pelo catecismo jesuítico e pelos ferozes salteos e bandeiras...
Os povos Celtas, em cinco grupos, entraram na velha província romana, chamada Lusitânia, pelo Algarve (os cinetes), entre os rios Sado e Tejo (os sempsos), entre a Estremadura e o Cabo Carvoeiro (os sepes), pelo centro (os pernix lucis) e pelo norte (os draganes). Sim, nem a Roma imperial conseguiu vencê-los na Grã-Bretanha. Foi grande a contribuição dos povos Celtas para a Cultura Portuguesa.
Inglaterra, Escócia e Irlanda
O nome Bretanha deriva do Céltico. O autor Grego Pytheas chamava-lhes as “Ilhas Pretanic” o que tem origem no nome que os habitantes da ilha tinham e se chamavam a eles próprios, Pritani. Isto e muito mais, foi mal traduzido para o latim o que deu Brittania ou Britanni. Os Celtas migraram para a Irlanda vindos da Europa, conquistando assim, os seus habitantes originais.
A Origem Celta ao que se consegue datar até o ano de 1200 AEC situa-se na Europa Central, embora parte da mais numerosa vaga de invasão indo-européia. Durante os 600 anos seguintes, os celtas chegaram a Portugal, Espanha, França, Suíça, Grã-Bretanha e Irlanda, e também tão longe como a Grécia e a Galácia. No continente foram vencidos pelos Romanos, continuando, portanto a manter traços fundamentais da sua cultura, mas nas Ilhas Britânicas a invasão romana parou na Muralha de Adriano, mantendo os Celtas, em especial na Irlanda, toda a sua autonomia e herança cultural. Pois, é na Irlanda e no País de Gales que ainda hoje podemos ir em busca do pensamento e da antiga religião de nossos antepassados Celtas e Druidas.
Muitas das informações que até hoje obtivemos vem de escritores romanos como Estrabão e César, que apesar de não serem fontes isentas nos transmitem algum conhecimento acerca da sociedade céltica.
Os cerimoniais célticos tinham um conteúdo "sagrado" pois neles havia uma comunhão muito grande entre o homem e a natureza. Esse lado sagrado e mais ainda os exercícios de alguns rituais rústicos com os participantes despidos foram motivo de escândalo para os católicos que os viram pela primeira vez. O catolicismo fez todo o empenho em descrever como um conjunto de rituais satânicos.
Para a Cultura Celta o ano era dividido em quatro períodos de três meses em cujo início de cada um havia uma grande cerimônia:
Imbolc - celebrado em 1 de fevereiro, é associado à deusa Brigit, a Mãe-Deusa protetora da mulher e do nascimento das crianças;
Beltane - celebrada em 1 de maio. (também chamado de Beltine, Beltain, Beal-tine, Beltan, Bel-tien e Beltein) Significa "brilho do fogo". Esta cerimônia, muito bonita, é marcada por milhares de fogueiras;
Lughnasadh - (também conhecido como Lammas), dedicado ao Deus lugh, celebrado em 1 de agosto;
Samhain - a mais importante das cerimônias, celebrada em 1 de novembro. Hoje associada com o Hallows Day, celebrado na noite anterior ao Hallowen.
Basicamente a doutrina céltica enfatizava a terra e a deusa mãe enquanto que os Druidas mencionavam diversos deuses ligados às formas de expressão da natureza; eles enfatizavam igualmente o mar e o céu e acreditavam na imortalidade da alma, que chegava ao aperfeiçoamento através das reencarnações.
Eles admitiam como certa a lei de causa e efeito, diziam que o homem era livre para fazer tudo aquilo que quisesse fazer, mas que com certeza cada um era responsável pelo próprio destino, de acordo com os atos que livremente praticasse. Toda a ação era livre, mas traria sempre uma conseqüência, boa ou má, segundo as obras praticadas.
Mesmo sendo livre, o homem também respondia socialmente pelos seus atos, pois para isto existia pena de morte aplicada aos criminosos perversos.